ABSTRACT Background: The incidence of hepatic lymphoma has been increasing recently and diagnosis can be challenging as clinical presentation and radiological findings are usually variable and non-specific. Objective The aims of this study were to describe their main clinical, pathological and imaging characteristics and identify poor prognostic factors. Methods A retrospective study that included all patients with histological diagnosis of liver lymphoma over a 10-year period at our center was performed. Results A total of 36 patients were identified, with mean age of 56.6 years and male predominance (58%). There were three patients with primary liver lymphoma (8.3%) and 33 with secondary liver lymphoma (91.7%). The most common histological type was diffuse large B-cell lymphoma (33.3%). The most common clinical manifestations included fever, lymphadenopathy, weight loss, night sweats and abdominal discomfort; three patients (11.1%) were asymptomatic. Computed tomography scan revealed heterogenous radiological patterns including a single nodule (26.5%), multiple nodules (41.2%) or diffuse infiltration (32.4%). The mortality rate during follow-up was 55.6%. Higher levels of C-reactive protein (P=0.031) and absence of treatment response (P<0.001) were significantly associated with higher mortality. Conclusion Hepatic lymphoma is a rare disease that may involve liver as part of a systemic disease or, less commonly, be confined to this organ. Clinical presentation and radiological findings are often variable and non-specific. It is associated with high mortality and poor prognostic factors include higher levels of C-reactive protein and absence of response to treatment.
RESUMO Contexto A incidência de linfoma hepático tem aumentando recentemente e o diagnóstico pode ser desafiante, na medida em que a apresentação clínica e os achados imagiológicos são geralmente variáveis e inespecíficos. Objetivo: Os objetivos deste estudo foram descrever suas principais características clínicas, patológicas e de imagem e identificar fatores de mau prognóstico. Métodos: Foi realizado um estudo retrospetivo que incluiu todos os pacientes com diagnóstico histológico de linfoma hepático num período de 10 anos no nosso centro. Resultados: Foram identificados 36 pacientes, com média de idade de 56,6 anos e predomínio de género masculino (58%). Havia três pacientes com linfoma hepático primário (8,3%) e 33 com linfoma hepático secundário (91,7%). O tipo histológico mais comum foi o linfoma difuso de grandes células B (33,3%). As manifestações clínicas mais comuns incluíram febre, linfadenopatia, emagrecimento, hipersudorese noturna e desconforto abdominal; 3 (11,1%) pacientes eram assintomáticos. A tomografia computadorizada revelou padrões radiológicos heterogêneos, incluindo um único nódulo (26,5%), múltiplos nódulos (41,2%) ou infiltração difusa (32,4%). A taxa de mortalidade durante o seguimento foi de 55,6%. Níveis mais elevados de proteína C reativa (P=0,031) e ausência de resposta ao tratamento (P<0,001) foram significativamente associados a maior mortalidade. Conclusão O linfoma hepático é uma doença rara que pode envolver o fígado como parte de uma doença sistêmica ou, menos comumente, estar confinado a este órgão. A apresentação clínica e os achados radiológicos são frequentemente variáveis e inespecíficos. Associa-se a elevada mortalidade e fatores de mau prognóstico incluem níveis mais elevados de proteína C reativa e ausência de resposta ao tratamento.